Concerto de Apresentação do 40º Festival Música em Leiria
40ª Sinfonia de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmonia das Beiras
Renata Oliveira, maestrina convidada
Sob a direção da maestrina convidada, Renata Oliveira, a Orquestra Filarmonia apresentará a 40ª Sinfonia de Wolfgang Amadeus Mozart, facilmente reconhecida pela melodia que dá início ao primeiro andamento é uma das mais tocadas do compositor austríaco. Composta em 1788, é uma das duas únicas sinfonias que escreveu em tons menores, refletindo o seu interesse pelo movimento artístico conhecido como Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), no qual emoções mais sombrias e fortes são apresentadas. Uma obra ímpar, que resiste ao tempo, apresentando-se permanentemente misteriosa, jovial e em diálogo connosco, sempre com algo de novo para revelar. Não haveria melhor obra para assinalar o arranque do 40º Festival Música em Leiria.
Data
25 de fevereiro de 2022 às 19:00:00
Local
Teatro Miguel Franco, Leiria
Entrada
Entrada Gratuita, sujeita a levantamento de bilhete na bilheteira do teatro
Programa
Georg F. Händel (1685 – 1759) – “Entrada da Rainha Sheba” (da oratória “Solomon”) Wolfgang A. Mozart (1756-1791) – Sinfonia nº 40 em Sol menor, Kv 550
Biografia
Orquestra Filarmonia das Beiras
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 31 músicos de cordas, sopros e percussão de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, sob a direção do maestro britânico Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro deAzkaban”. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo ou José Carreras, sendo que dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direcção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Canossa, Nancy Vieira, André Sardet, Paulo Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, James, Cristina Branco ou Gisela João.
Renata Oliveira
Iniciou os estudos musicais na Banda Visconde de Salreu aos 7 anos em Clarinete, ingressando posteriormente no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian.
De Abril de 2012 a Julho de 2013 integrou a Classe de Direção de Orquestra do professor Jean-Marc Burfin na Escola Corda Perfeita em Lisboa.
Em Junho de 2012 obteve o Diploma em Direção de Banda da Association Board of the Royall Schools of Music (ABRSM – Londres).
Em classes de aperfeiçoamento de Direção estudou com os maestros: José Pascual Vilaplana, Kenneth Kiesler, Jean-Sebastian Béreau, Ernst Schelle, Robert Houlihan, Jan Cober, Félix Hauswirth, Douglas Bostock e Mark Heron.
Foi co-fundadora e maestrina da orquestra Sinfonietta de Abril de 2014 a Agosto de 2015, em Gaia.É mestre em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade do Porto (2013).
É mestre em Direção de Orquestra pela Universidade de Aveiro, com os professores António Lourenço, Vasco Negreiros e Ernst Schelle (2016); em Direção HaFaBra (banda, fanfarra e brass band), pelo Conservatório Real de Haia (Holanda) com o professor Alex Schillings, no âmbito do qual recebeu o prémio de melhor investigação do ano e pôde ainda dirigir a Banda Sinfónica Portuguesa no seu concerto final de mestrado (2018); e em Ensino da Música, ramo Classe de Conjunto pela Universidade de Aveiro (2019).
Integrou a classe de Direção do maestro Jean-Sébastien Béreau em Lisboa de 2014 a 2018.
De Outubro de 2012 a Dezembro de 2014 foi maestrina da Sociedade Filarmónica de Mões (Castro Daire).Dirigiu de Março 2017 a Julho 2019 a Sociedade Instrução e Recreio Carregueirense Vitória (Chamusca, Santarém).
É maestrina da Sociedade Artística Musical Carvalhense (Figueira da Foz) desde 2015 e da Associação Musical Banda de Ourém desde Setembro de 2019.
Renata Oliveira é vice-presidente da European Association of Women Band Conductors.